Eu tinha reclamado!
E não era com 45.000€ que me calavam! Começando do início: um artista de naturalidade alemã, de seu nome Gustav Metzger, já com 80 primaveras contadas, criou o conceito de “arte auto-destrutiva”, o que só por si é brutal, pois se as suas obras de arte forem realmente más, não temos de “gramar” com elas muito tempo, porque se autodestroem. Até aqui, só posso concordar! Então imagine-se que numa exposição, que teve lugar na galeria de arte Tate Britain (que pelo nome vê-se que só pode ser chique), a empregada da limpeza, essa desgraçada, confundiu a obra de arte deste senhor, que consistia num saco de lixo cheio de recortes de jornais, cartão e pedaços de papel, repito, confundiu a obra de arte com… um saco de lixo! A ignorante! Como é que alguém pode confundir um saco de lixo com um saco de lixo?! Felizmente que a Fundação Paul Hamlyn de Artes Visuais reconheceu o valor do lixo, ai, peço desculpa, da arte do senhor Gustav, e atribui-lhe um prémio no valor de 30.000£ (que é mais ou menos 45.000€). O que eu acho muito bem. Só tenho pena que os senhores desta fundação não venham cá casa, pois produzimos uma média de dois sacos de obras de arte por dia, e a esta média, ao fim de um ano, estávamos ricos, eheheheheheheh!
Assinalado na imagem, pode-se ver a obra de arte que foi confundida com um saco de lixo...