E se tentarmos?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Como não dizer algo?...

Num mundo que fomenta as máscaras, que vive de máscaras... mostrar um pouco do que temos por detrás tornou-se raro. Raro por ser difícil... por nos expôr... por nos tornar vulneráveis...
Assim, era impossível não valorizar o facto de o teres feito... aprecio-te mais por isso, eu que já tanto te apreciava...

2 Comments:

  • Às vezes não é uma questão de máscaras! Máscaras usamos todos nós! Uns mais, outros menos! É a condição humana! Há momentos em que, apesar de acharmos que mostramos tudo, há sempre algo que não se revela!
    Prefiro pensar em transformações. metamorfoses, crisálidas... Na vida, TUDO É CÍCLICO! Um dia achamo-nos lagartas em cima de uma folha de couve, olhando para o céu e sonhando com um par de asas que nos dê liberdade e maior alegria de estar, de sentir, de viver... A certa altura, criámos os nossos próprios casulos e enrolamo-nos, aninhamo-nos, escondemo-nos à espera que tudo passe e com a esperança de que os dias quentes cheguem e que nos apeteça furar e estender as asas com as quais tanto sonhamos. A vida é uma metamorfose! Adorei a imagem! Sabias que Psique era uma mortal grega pela qual Eros se apaixonou? O seu símbolo eram justamente as mariposas! Uma borboleta é símbolo da Psique! Como diz a letra de uma música que adoro: "Like a moth to a flame, burned by the fire, my love is blind, can't you see my desire. That's the way love goes(...)"

    By Anonymous Anónimo, at 12 de janeiro de 2008 às 19:33  

  • Eros e Psiquê

    «Um dos Anjos mais conhecidos entre as lendas da humanidade é Eros ou Cupido. Algumas vezes representado por uma criança alada, outras por um rapaz. Mas a sua representação maior está no seu simbolismo. E a Eros está ligada Psiquê (a Alma), que em sua lenda nos traz a imagem da união do amor e nossa alma.

    Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psiquê se casaram.

    Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiquê buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psiquê com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.

    Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, seus pais seguiram as intrusões recebidas. Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e a depositou no fundo de um vale.

    Exausta, Psiquê adormeceu. Quando acordou, se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... as portas se abriam para ela, vozes sussurravam sobre tudo o que ela precisava saber.

    Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele a advertiu de que lhe seria o melhor dos maridos, mas que elas jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre.

    Psiquê concordou. E assim foram seus dias, ela tinha tudo que desejava, era feliz, muito feliz, porque seu marido lhe trazia uma sensação do mais profundo amor e lhe era extremamente carinhoso.

    Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudades de seus pais e pediu permissão ao marido para ir visitá-los. Ele relutou, os oráculos advertiam de que esta viagem traria péssimas conseqüências, mas ela implorou, suplicou... até que ele cedeu.

    E da mesma forma que a havia trazido para o palácio, levou-a à casa de seus pais. Psiquê foi recebida com muita alegria e levou muitos presentes para todos. Mas suas irmãs ao vê-la tão bem, se encheram de inveja e começaram a crivá-la de perguntas a respeito de seu marido.

    Ao saberem que até então ela nunca o tinha visto, convenceram-na de fazê-lo; evidentemente que as intenções delas eram apenas de prejudicar Psiquê, já que ela havia feito uma promessa a ele.

    Ao voltar para sua casa, a curiosidade tomou conta de seu coração. Tão logo veio a noite, ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo.

    No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela se perdeu em sonhos e ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor.

    Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo. Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo.

    Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono. Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles.

    E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo. Depois deste casamento, Eros e Psiquê, ou seja, o Amor e a Alma, permaneceram juntos por toda a eternidade.»

    By Anonymous Anónimo, at 12 de janeiro de 2008 às 19:40  

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