E se tentarmos?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

"Leather-free"

Hoje li numa notícia* que o Grupo Daimler-Chrysler, através da germânica Mercedes, cedeu a pressões da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) e anunciou que vai deixar de utilizar couro verdadeiro no interior dos seus automóveis, indo substituí-lo por couro sintético.

Não consigo formar uma opinião concreta acerca disto, porque:

1º - Em países como o nosso comem-se toneladas de carne de vaca por dia. Assim, se se utiliza a carne, porque se há-de mandar fora a pele? Assim como assim os bichos são mortos na mesma...

2º - O termo “peles” é muito vasto, pois engloba desde o couro das vacas, até às peles das focas, das raposas, coelhos, e outros animais. E se matar raposas apenas para fazer cachecóis e outros acessórios de moda me parece desnecessário, já no caso das vacas, acho que é diferente (pelo que afirmei no primeiro ponto)

3º - A PETA dá muito enfoque à utilização das peles, mas não tem feito muito pela alteração dos hábitos alimentares dos animais. Por exemplo, a BSE, que era um problema no cérebro das vacas, foi causado pelo facto de terem alimentado as vacas, que como todos sabemos são animais herbívoros, com os restos de carnes e ossos não aproveitáveis das vacas triturados. Ora, um animal herbívoro não se pode tornar carnívoro de um dia para o outro – e isto sim é na minha opinião um crime.

Assim, não sei se esta medida era realmente necessária. De qualquer forma, qualquer mudança para melhor na forma como se tratam os animais, tem de ser visto como algo positivo. E convenhamos, sendo a Mercedes uma marca de clientes informados e exigentes, e que no mês de Janeiro vendeu menos 22% de veículos que no mesmo período do ano passado no importante mercado Norte-Americano, esta é uma óptima oportunidade para o Marketing da marca revitalizar de uma forma económica as vendas da marca. É como numa análise SWOT: aproveitar as oportunidades para transformar as fraquezas em forças.

*
http://www.autohoje.com/noticias.aspx?ct=58798043

1 Comments:

  • Naturalmente, deste modo, Credibilidade passa a ser um termo q n se usa no nosso dia-a-dia, a n ser na negativa. Até as organizaçoes supostamente sérias e úteis conseguem ser burras. Talvez os seus financiadores e a sua própria ganancia os desviem da rota certa... É uma pena e uma m*rda.

    By Blogger André Campos, at 11 de fevereiro de 2005 às 12:26  

Enviar um comentário

<< Home