E se tentarmos?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mais uma página voltada no calendário da vida...


Mais um ano terminou. Como passa rápido o tempo à medida que vamos ficando mais velhos... quando andamos na escola parece que o tempo nunca mais passa, agora que trabalhamos parece que passa a voar: ainda "ontem" estavamos a entrar em 2008 e hoje já é 2009. É tudo uma questão de perspectiva, muda consoante o ponto de vista. E assim devemos fazer em relação ao ano que agora começa: nos noticiários falam de crise, e no entanto a gasolina está bem mais barata que à 6 meses atrás, os spreads dos empréstimos bancários também, só para citar estes dois exemplos. Ok que alguns produtos vão aumentar de preço, mas desde que me conheço por gente que todos os anos aumentam. E será que esta crise de que falam afectará o poder de compra? Dizem os entendidos que este ano que passou o poder de compra dos portugueses baixou. Eu fiz sensivelmente as mesmas coisas. E disseram na televisão que nos primeiros 25 dias de Dezembro de 2008 foram transacionados, entre levantamentos e pagamentos multibanco, uma média de 7 milhões de euros por dia. Upa, upa, para crise, estamos numa crise bem desafogada. É claro que pode ser sempre argumentado que o ordenado é curto para as despesas, que gostavamos de ter dinheiro para comprar mais isto, ou mais aquilo, ou trocar de carro, ou de telemóvel (falo por mim, ando com um que descobri agora que nem msgs multimédia recebe, eheheheh), mais casacos, sapatos... mas não estarão as nossas necessidades básicas supridas? Não teremos um tecto para dormirmos abrigados dos elementos (quantos não gostariam de ter e não têm...), não teremos comida a todas as refeições (pode não ser sempre bife, ou lombo, ou tamboril, ou lagosta, mas se calhar um pãozinho para uma sandes e um copo de leite ou um chá nunca falham - e quantos não gostariam de ter essa para nós tão parca refeição, nem que fosse uma vez ao dia...), não teremos roupa para andarmos protegidos do frio e da chuva (e para isso não bastaria muito menos do que aquilo que temos? Falo por mim, que podia passar semanas sem repetir casacos e sapatos e depois, volta e meia, tenho a lata de dizer "faziam-me falta uns sapatinhos e/ou um casaquinho desta ou daquela cor", quando tantos dependem da caridade alheia para dar saída de uma urgência hospitalar com uma roupa seca e lavada...)... enfim, no fundo vejo-me forçado a concordar que efectivamente há uma crise, e que se verá realmente agravada, mas é uma crise espiritual, de valores, de paz interior, de satisfação pessoal. Sim, porque quantos não criticam tudo na sua vida, desde o trabalho, ao carro, às despesas, a quem os rodeia, dizendo-se infelizes, insatisfeitos, incompreendidos, quando na realidade só precisavam de mudar o seu interior? Talvez lavando o seu interior, começassem a ver com outros olhos o exterior, e passassem a dar graças pelo que têm (que pode não ser muito, haverá muitos que têm muito mais, mas uma coisa é certa: há mais ainda que têm muito menos!!), a valorizar o que atingiram, e com essa pequena (grande!!) mudança de atitude deixassem de ser infelizes, passando a ser FELIZES, tendo o mesmo... E se tentarmos?

4 Comments:

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    By Blogger ASP, at 1 de janeiro de 2009 às 13:04  

  • Estou muito de acordo com tudo o que o senhor diz. Aqui adonde labuto é vê-los aos magotes enchendo tudo quanto é cama e, para mais, à altura da saída, recambiando caixotes de bens alimentícios e afins que sobejaram do 31, expressão viva da fartazana.
    E concordo também muito com a cessyaaaa, caroline. Feeeeliz, 222009, cessyaaaa, caroline!

    By Blogger André Campos, at 2 de janeiro de 2009 às 13:53  

  • A compra de coisas e mais coisas, muitas das quais desnecessárias, leva-nos a esquecer o que é realmente importante vivenciar. Esquecemos o espírito de partilhar e que deveriamos cultivar todos os dias, pois na verdade, não se compra um gesto carinhoso; não se compra uma pequena atenção; não se compra uma palavra amiga e muito menos se compra um simples sorriso. E tudo isto se pode dar sem custar nada.
    E se tentarmos?
    Mas infelizmente vivemos nesta sociedade descartável que construimos e teimamos viver...

    By Anonymous Anónimo, at 7 de janeiro de 2009 às 12:36  

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    By Anonymous Anónimo, at 22 de dezembro de 2009 às 06:19  

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