E se tentarmos?

domingo, 26 de dezembro de 2004

Maremoto de 26 de Dezembro no Sudeste Asiático

A natureza é assim... segue o seu curso, implacável, impossível de ser influenciada por datas ou ocasiões especiais... os eternos movimentos das placas tectónicas conjuraram milénios para que isto sucedesse neste segundo, não no segundo anterior, nem no imediatamente a seguir... Qual a lição que daqui podemos retirar? Que nos devemos render à natureza, ao planeta que nos acolhe, em vez de termos e mantermos a pretensão de o dominar, pois isso não vai acontecer. Nestas alturas, onde está a força do capitalismo, do marketing, do consumismo, da política? Vergada perante a magnificência dos elementos, que nos revelam a nossa pequenez e fragilidade. Só anseio pela rápida intervenção da comunidade internacional no auxílio destas populações, nesta hora em que tanto precisam de uma mão terrena que minimize a devastação provocada pelo que nos transcende.

Leitura de sismógrafo do maremoto no sudeste asiático, que atingiu a marca de 8,9 na escala de Richter (escala esta que, recordo, é uma escala "aberta", visto que não há um limite máximo teórico - o máximo será a libertação total de toda a energia contida numa placa, pelo que esta não será uma limitação de escala mas sim do próprio planeta Terra, limitação esta que felizmente desconhecemos. O que se sabe é que o maior sismo alguma vez registado foi no Chile, em 1960, em que se atingiu a escala de 9,5 na escala de Richter - por curiosidade, refira-se que alguns historiadores acreditam ter sido esta a magnitude do sismo que em 1755 assolou Lisboa). Estima-se neste momento que 4000 pessoas tenham perdido a vida no maremoto de hoje...