E se tentarmos?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Onde está o meu coração

Hearst Castle

William Randolph Hearst viveu em Hearst Castle, uma enorme mansão. A certa altura ele possuía cerca de 80 kms da linha costeira da Califórnia e coleccionou objectos durante 88 anos. Ele tinha estátuas egípcias com 3500 anos, tapeçarias flamengas medievais, tectos seculares trabalhados à mão e alguns dos maiores trabalhos de arte de todos os tempos. Depois de oito décadas de colecções, William Hearst morreu. Actualmente, pessoas aos milhares vão à sua casa e todos dizem o mesmo: "Eia, realmente ele tinha muitas coisas!".

Passamos pela vida, arranjamos coisas, depois morremos, deixando todas as nossas coisas para trás. E o que lhes acontece? Os nossos filhos discutem por elas. Os nossos filhos, que não morreram ainda, percorrem as nossas coisas. Como predadores, decidem o que querem levar para as suas casas. Dizem a eles próprios "Agora isto é meu"; depois, quando morrem, novos abutres vêm buscá-las. Nações vão para a guerra por causa de «coisas», famílias separam-se por causa de «coisas». Os maridos e as esposas discutem mais por causa de «coisas» do que por causa de qualquer outro assunto. As prisões estão cheias de criminosos de rua e grandes senhores que cometeram crimes para conseguir ter «coisas». Porquê, se são apenas coisas? Era a isto que Jesus se referia quando disse "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mateus 6: 19-21). Agora, depois de ter lido estas palavras, pergunte-se: Onde está o meu coração?

em «A Palavra para hoje»


Tudo o que é terreno é temporal, sejam objectos, empregos, cargos, posições sociais... tão efémeros quanto um desenho na areia molhada...