E se tentarmos?

terça-feira, 16 de março de 2010

"Loucura de Março"


"Todos os anos, na primavera, eu me torno vítima do que os noticiários esportivos diagnosticam de "Loucura de Março". Não consigo resistir à tentação de ligar a TV no jogo final de basquete, no qual as duas únicas sobreviventes de um torneio de sessenta e quatro equipes se encontram para a final do torneio universitário. Esse importantíssimo jogo sempre parece terminar com um garoto de dezoito anos de idade pronto para fazer um arremesso, com apenas um segundo para terminar o jogo.


Ele dribla nervosamente. Se ele perder essa jogada, sabe que será o bode expiatório do campus, o bode expiatório do seu Estado. Daqui a vinte anos estará se aconselhando para se libertar desse momento. Se fizer os dois pontos, será um herói. Sua foto estará na primeira página dos jornais. Provavelmente poderá se candidatar a governador.


Ele dribla novamente e a outra equipe pede tempo, para confundi-lo. Ele está na lateral, avaliando todo o seu futuro. Tudo depende dele. Seus colegas olham para ele, encorajando-o, mas não dizem nada.


Um ano, eu me lembro, deixei a sala para atender o telefone exatamente na hora em que o garoto se preparava para arremessar a bola. Rugas de preocupação vincavam sua testa. Ele mordiscava seu lábio inferior. Sua perna esquerda tremia na altura do joelho. Vinte mil torcedores estavam gritando, sacudindo bandeiras e lenços para distraí-lo.


O telefonema foi mais longo do que eu esperava e, quando voltei, tive uma nova visão. O mesmo garoto, o cabelo encharcado com Gatorade, estava cavalgando nos ombros dos colegas, cortando a rede de um cesto de basquete. Ele não tinha mais nenhuma preocupação no mundo. Seu sorriso enchia a tela toda.


Essas duas imagens congeladas - o mesmo garoto se encolhendo na linha lateral e, depois, celebrando sobre os ombros dos amigos - vieram simbolizar para mim a diferença entre a não-graça e a graça.


O mundo é governado pela ausência de graça. Tudo depende do que eu faço. Tenho de fazer os pontos.


O reino de Jesus nos chama para trilhar outro caminho, um caminho que não depende de nossas realizações, mas, sim, da realização Dele. Nós não temos de realizar, mas apenas seguir. Ele já ganhou para nós a preciosa vitória da aceitação de Deus.


Quando penso naquelas duas imagens, uma pergunta perturbadora penetra em minha mente: Qual dessas duas cenas se parece mais com a minha vida espiritual?"


Philip Yancey, em Maravilhosa Graça

quarta-feira, 10 de março de 2010

A obra de Suas mãos


"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Salmos 19:1)


Dois amigos, um cristão e um ateu, subiam juntos uma montanha. Encontraram uma grande pedra e resolveram sentar-se um pouco e descansar. Enquanto estavam ali, conversaram sobre várias coisas: trabalho, família e até sobre a beleza existente na natureza. De repente, a conversa tomou o rumo da religião. "Eu não acredito em Deus porque não existe nenhuma prova de sua existência", disse o ateu. O cristão não respondeu imediatamente. Por uns instantes ele virou sua cabeça para o alto, contemplando o céu azul sobre eles. "É verdade", disse o cristão, "não podemos ver, ouvir ou tocar em Deus, mas podemos saber que Ele existe vendo os resultados de Suas obras". "Pense sobre todas as magníficas coisas que vimos hoje" continuou o cristão, "montanhas majestosas, centenas de variedades de árvores, flores, insetos, pássaros... e até você e eu! Tudo é muito belo e perfeito". O Ateu respondeu: "Sim, a natureza é definitivamente incrível, mas, eu acredito que tudo é obra do acaso". Novamente, o Cristão perscrutou as densas nuvens acima dele e, então, perguntou: "Nós não podemos ver o ar,não é? Nós sabemos que ele existe porque nós vemos os efeitos do ar. Nós vemos o balanço das árvores e o farfalhar das folhas, mas, não vemos realmente o ar nem o vento. As provas da existência de Deus estão por toda a parte. A nós só cabe olhar e comprovar". Sem dizer mais nada, o Ateu e o Cristão continuaram sua longa caminhada no alto da montanha.


Como é bom contemplar as maravilhas criadas por Deus. Como é maravilhoso sentir a Sua Presença e descansar sob Seus cuidados. Alguns não crêem ou preferem crer que não crêem. Ignoram a Deus mas, o buscam nas horas de aflições. Gastam seu precioso tempo tentando provar que não existem provas, mas, em seu interior, sabem que estão perdendo tempo porque as provas são irrefutáveis.


Deus existe... e nós somos muito felizes por isso. Ele nos ama, nos protege, caminha ao nosso lado. A natureza mostra a Sua glória. Como somos abençoados!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

...


"Todos temos áreas nas quais temos de trabalhar. Alguém disse que o erro da juventude é acreditar que a inteligência é um substituto da experiência, enquanto o erro da idade é acreditar que a experiência substitui a inteligência. A verdade é que jovens ou mais velhos, nunca devemos parar de crescer. Devemos contentar-nos com o que temos, mas nunca com o que somos. O crescimento é como andar de bicicleta: ou estamos a andar para a frente ou a cair."


Citação

Cavando poços que não retêm as águas


“Sente falta de alguma coisa na sua vida? Corre de lugar para lugar e de pessoa para pessoa tentando encontrá-la? Até pôr Deus no centro da sua vida, continuará a cavar «cisternas… que não retêm águas».

Todos nós nos queremos sentir amados e bem-sucedidos, então voltamo-nos para os nossos trabalhos ou para os outros à procura de um sentimento de realização. Mas ao esperar que um cheque ou alguém faça aquilo que apenas Deus pode fazer, continuará a faltar-nos algo, «Maldito o homem que confia no homem… será como a tamargueira no deserto… morará nos lugares secos… Bendito o varão que confia no Senhor… Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor… e no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto.» (Jeremias 17: 5-8). A realização não vem de termos «as pessoas certas» na nossa vida, ou mais dinheiro, prestígio ou feitos. Uma casa maior também não o fará, apenas fará com que tenha mais para limpar. Um carro último modelo também não, apenas acabará por ter contas maiores para pagar. Uma promoção no trabalho também não é a solução, terá mais stress e mais horas de trabalho. Sim, ganhará mais dinheiro, mas depois de pagar os impostos e de comprar o que precisa para manter a nova imagem, voltará à estaca zero. Depois de uma vida em que ele viu que tudo «…era vaidade e aflição de espírito…» (Eclesiastes 2:11), Salomão disse: «De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem» (Eclesiastes 12:13). Aquele que você procura tem estado sempre lá, e está pronto para se encontrar consigo, suprindo as suas necessidades. Apenas tem de O convidar a entrar!”

in A Palavra para Hoje (13 de Fevereiro de 2010)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Saboreando A Felicidade


"Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente" (Salmos 16:11).


"Eu costumava pensar que o que me daria grande satisfação era avançar mais um passo, ou conseguir um emprego especial, ou atingir uma segurança financeira. Porém, toda vez que eu atingia uma meta, continuava desapontado e a vitória me deixava ainda vazio. Finalmente, eu percebi que nunca alcançaria a verdadeira felicidade neste mundo. De fato, eu nunca tive um dia completo de felicidade porque a felicidade chega aos poucos. Ao mesmo tempo, não há um único dia em que Deus não me ofereça momentos de recompensa, realização e felicidade. E o meu maior prazer é saborear cada um desses momentos à medida que eles chegam."


Você ainda está buscando a sua tão sonhada felicidade? Está ainda se empenhando em conseguir grandes conquistas? Costuma murmurar quando todos os seus objetivos não são atingidos? E quando os atinge, crê que está experimentando uma alegria completa e definitiva?


Muitas vezes, ao alcançar uma vitória, percebemos que a frustração ainda permanece em nossos corações. Dedicamo-nos ao máximo em nosso propósito, não medimos esforços em nossa tarefa, e chegamos à conclusão que era apenas uma conquista como muitas outras e não nos garantia a felicidade.


A felicidade não pode ser comprada e nem depende de um esforço maior para ser obtida. Ela vem a nós de graça, a todo instante, pelos méritos e pelo amor de nosso Senhor Jesus Cristo. Nele somos felizes. Em Sua força nós somos felizes. Por Seu amor nós somos felizes. Em Sua presença somos muito felizes.


Ele sabe o que é melhor para nós. Sabe o momento certo de nos dar as Suas bênçãos. Sabe a forma correta de nos revestir da verdadeira felicidade. Quando Ele está em nossos corações, a possibilidade de sermos infelizes é nula. Com Ele cantamos e dançamos, sorrimos e agradecemos, vivemos a vida abundante e eterna.


Você ainda está buscando uma felicidade que nunca chega ou está saboreando os momentos de felicidade que Deus lhe dá todos os dias?

domingo, 27 de dezembro de 2009

Vidas Enguiçadas


"Senhor, tu me sondas, e me conheces" (Salmos 139:1)


No início da era do automóvel, um carro, modelo TFord, enguiçou no meio da estrada. Por mais que o motorista se esforçasse, o motor não funcionava. Ele rodava a manivela sem sucesso, deitava por baixo do carro, mexia no motor, mas era inútil. Só via as faíscas mas o carro não andava. De repente, uma limusine estacionou atrás do carro e um homem elegante desceu do banco traseiro e ofereceu-lhe ajuda. Após mexer por alguns instantes no motor do carro enguiçado, o estranho falou: "Tente ligar novamente". Imediatamente o motor voltou a funcionar. O homem bem vestido, então, identificou-se: "Meu nome é Henry Ford. Eu projetei e construí estes carros. Por isso eu sei identificar qualquer problema que eles tenham.


Muitas vezes perdemos as bênçãos almejadas porque tentamos resolver, por nós mesmos, todos os problemas de nossas vidas. Sempre achamos que não precisamos de ninguém, que somos capazes de fazer qualquer coisa e que ninguém tem nada com isso.


Mas será isso verdade? Podemos resolver todas as coisas? Muitas vezes nos esforçamos, tentamos de tudo, mas o fracasso permanece. Giramos a manivela da felicidade mas o motor espiritual não pega. Modificamos nossas atitudes aqui e ali, e nada acontece. Buscamos vários lugares onde nos afirmam haver uma boa graxa espiritual, mas, logo constatamos que era tudo ilusão. Percebemos, depois de muitas lutas, que tudo foi em vão. As nossas vidas continuam "enguiçadas".


Quem poderia consertar, e para sempre, o que está errado? Apenas Aquele que criou e projetou, para todos, uma vida abundante e eterna. Somente Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, que nos conhece plenamente, pode transformar nossas vidas e fazê-las andar perfeitamente.


Se a sua vida está "enguiçada" pelo pecado, deixe que o Senhor a conserte.


in Escuro Iluminado

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Que É Um "Feliz Natal"?


"O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:10, 11).


Um entrevistador de televisão estava caminhando nas ruas de Tóquio na semana do Natal. Como em quase todo o mundo, as compras de Natal são um grande sucesso comercial no Japão. O entrevistador parou uma jovem senhora na calçada e perguntou: "O que quer dizer o Natal?" Rindo, ela respondeu: "eu não sei. Seria o dia em que Jesus morreu?" existia alguma verdade em sua resposta.


Nos dias atuais, mesmo nos países cristãos, o Natal parece uma festa de muitos presentes. O único que não está presente é o Senhor Jesus, razão da comemoração do Natal. As casas estão enfeitadas de bolas coloridas, as mesas estão repletas de pratos saborosos, por toda parte são encontradas garrafas de bebidas, todos se abraçam, cantam e dançam, tudo é alegria. Mas onde está o dono da festa? Onde está o Salvador? Onde está o Senhor que nasceu para nos dar vida e vida com abundância?


Parece que Cristo continua relegado à manjedoura de Belém, longe de nossos olhos, de nossa casa, de nossas vidas. Mas não deveria ser assim. Ele é a única coisa importante do Natal, o motivo real de nossa alegria.


O Natal deve ser comemorado com Jesus na manjedoura de nossos corações, nas cores de nossa felicidade, na fartura de nossa adoração e obediência. A festa é Jesus, a alegria é Jesus, os louvores são para Jesus, os abraços são dados por causa de Jesus.


O que significa ter um "Feliz Natal"? Ganhar muitos presentes? Comprar roupas novas? Reformar a casa? Tudo isso é apenas consequência de um "Feliz Natal".


Um "Feliz Natal" existe quando Jesus é o Senhor e Salvador de nossas vidas, o iluminador de nossos lares, o guia de todas as nossas decisões. Isso é ter um "Feliz Natal"!


in Escuro Iluminado

domingo, 13 de dezembro de 2009

A solidão primal


"Nascemos incapazes. Logo que somos plenamente conscientes descobrimos a solidão", escreveu C. S. Lewis. Nascidos solitários, tentamos nos encaixar, ser o tipo de gente que faça outras pessoas gostarem de nós. Devido a essa carência e extrema necessidade de afirmação dos outros, acabamos nos comprometendo - usando qualquer máscara, ou muitas máscaras; fazemos até coisas que não gostamos buscando sermos aceitos. Entortamo-nos (usando outra imagem de Lewis), contorcemo-nos, em direcção à criatura, tentando encontrar nossa identidade nela. Devagar e compulsivamente, o "falso eu" fecha a sua concha dura e quebradiça ao nosso redor, e o que resta é a nossa solidão.
(...) A cura do homem - e a sua solidão - tem a ver com o reconhecimento de si mesmo como criatura, como alguém criado, e olhar para cima e para longe de si mesmo, da auto-adoração para a adoração de Elohim (palavra hebraica que indica a relação de Deus para com o homem como Criador), o Criador de tudo que existe: tempo, espaço, matéria, e de minha pessoa. É nessa adoração que nossa face única e verdadeira aprarece, afastando as outras velhas e falsas máscaras. É nesse relacionamento aberto de conversar (falar e ouvir) com Deus que nosso ser verdadeiro rompe a casca do "falso eu" e as nossas velhas amarras e compulsões se quebram.
Leanne Payne