sexta-feira, 31 de dezembro de 2004
terça-feira, 28 de dezembro de 2004
É incrível!
Após a minha consulta matinal das notícias, fiquei absolutamente rendido aos efeitos do sismo no sudeste asiático. Foi mesmo um sismo de proporções quase proféticas, pois os efeitos foram mais extensos do que aquilo que a minha limitada imaginação poderia sequer supor.
PRIMEIRO Nem queria acreditar que o próprio mapa da zona foi alterado, pois a crosta terrestre, ao se deslocar, arrastou literalmente algumas ilhas em 20 metros, o que é bastante. Também o território indonésio de Sumatra de deslocou 36 metros para sudoeste.
SEGUNDO Zonas submersas emergiram das águas, um fenómeno relativamente expectável, e duas ilhas, Andaman e Nicobar, ainda não foram encontradas (??).
TERCEIRO O números de mortos poderá atingir os 60 milhares.
QUARTO O movimento de rotação do Planeta Terra deslocou-se, em milímetros, é certo, mas deslocou, o que demonstra que provavelmente o equilíbrio do nosso sistema solar não será tão evidente quanto pensamos...
Um desabafo...
domingo, 26 de dezembro de 2004
Maremoto de 26 de Dezembro no Sudeste Asiático
A natureza é assim... segue o seu curso, implacável, impossível de ser influenciada por datas ou ocasiões especiais... os eternos movimentos das placas tectónicas conjuraram milénios para que isto sucedesse neste segundo, não no segundo anterior, nem no imediatamente a seguir... Qual a lição que daqui podemos retirar? Que nos devemos render à natureza, ao planeta que nos acolhe, em vez de termos e mantermos a pretensão de o dominar, pois isso não vai acontecer. Nestas alturas, onde está a força do capitalismo, do marketing, do consumismo, da política? Vergada perante a magnificência dos elementos, que nos revelam a nossa pequenez e fragilidade. Só anseio pela rápida intervenção da comunidade internacional no auxílio destas populações, nesta hora em que tanto precisam de uma mão terrena que minimize a devastação provocada pelo que nos transcende.
Leitura de sismógrafo do maremoto no sudeste asiático, que atingiu a marca de 8,9 na escala de Richter (escala esta que, recordo, é uma escala "aberta", visto que não há um limite máximo teórico - o máximo será a libertação total de toda a energia contida numa placa, pelo que esta não será uma limitação de escala mas sim do próprio planeta Terra, limitação esta que felizmente desconhecemos. O que se sabe é que o maior sismo alguma vez registado foi no Chile, em 1960, em que se atingiu a escala de 9,5 na escala de Richter - por curiosidade, refira-se que alguns historiadores acreditam ter sido esta a magnitude do sismo que em 1755 assolou Lisboa). Estima-se neste momento que 4000 pessoas tenham perdido a vida no maremoto de hoje...
terça-feira, 21 de dezembro de 2004
A minha sincera mensagem de NATAL... (não aconselhada às mentes mais sensíveis)
Sei que não há soluções absolutas, mas...
sexta-feira, 17 de dezembro de 2004
Parabéns, IRMÃO!!
Como é que é?!
Esta de que os monovolumes vão começar a pagar Classe 1 nas portagens precisa de ser esclarecida! Em primeiro lugar, é de realçar que alguns monovolumes já pagavam Classe 1, segundo ridículos critérios: pagavam a Classe mais baixa os que tivessem no máximo 1,10 m de altura medida a meio do eixo dianteiro. Esta situação criava algumas injustiças, que passo a expor:
- Exemplo nº1: um enorme Chrysler Grand Voyager, com os seus quase 5 metros de comprimento e 2 toneladas de peso, pagava apenas Classe 1, devido à sua frente afilada (design americano). Já um Renault Espace, mesmo na versão curta, devido à sua frente mais bojuda (estilo europeu oblige), apesar de 45cm mais curta e quase 400kgs mais leve que a concorrente Chrysler, já era tributada com a Classe 2;
- Exemplo nº2: os monovolumes da AutoEuropa, que tanto fizeram por uma zona carente da área metropolitana de Lisboa (através da criação de milhares de postos de trabalho), viram-se forçados a alterar as especificações técnicas dos veículos a vender em Portugal, por forma a poderem ser tributados com a Classe 1, alterações estas que passaram pelo rebaixamento da suspensão dianteira, com o consequente endurecimento das molas e assinaláveis perdas de conforto para os utilizadores. Assim, uns meros centímetros foram o suficiente para um abatimento na portagem (e no IA, mas isso é um tema que aprofundarei noutra ocasião). Outro exemplo destas ginásticas dos importadores pode ser constatada na Kia, que com o seu best-seller Carnival fez o mesmo - propõe a versão normal que paga Classe 2, e ao mesmo preço uma versão com suspensão frontal rebaixada e endurecida que denominou de Carnival One, numa directa alusão à Classe a pagar nas portagens;
- Exemplo nº3: em alguns todo-o-terreno comercializados em versões a gasolina e a gasóleo à uns poucos anos atrás, as versões a gasóleo, por terem turbo e intercoller (que é um sistema interno de arrefecimento, pois os turbos vêem o seu rendimento melhorado se admitirem ar frio em vez de ar quente - assim, o ar tinha de entrar directamente para o intercoller que o arrefecia e daí então seguia para o turbo; hoje em dia, todos os modelos a gasóleo usam este sistema) tinham de ter uma entrada de ar no capôt, pelo que já pagavam Classe 2 na portagem - devido apenas a um mero acrescento, sendo que o veículo em si era o mesmo. Os seus companheiros de gama movidos por gasolina mantinham-se como Classe 1.
terça-feira, 14 de dezembro de 2004
"O corredor da morte", por Clara Ferreira Alves
O julgamento durou meses e atraiu os tablóides e as revistas do coração, além da imprensa e televisões sérias, por causa das características do caso. O defensor de Scott Peterson era o conhecido advogado Mark Geragos, demasiado caro para o ajudante de canalizador que Peterson é poder pagar mas, que deve ter aceite o caso pela publicidade envolvida e por ser um caso de direito que serve de ilustração ao pior do sistema penal americano.
Peterson, que ninguém viu matar Laci, a mulher, foi condenado com base na sua falta de lágrimas, no seu caso adúltero e na circunstância geográfica de os corpos terem aparecido na água perto do sítio onde ele costumava a pescar. Tanto Scott como Laci eram duas pessoas de bom porte, ele com uma cara de actor de cinema e ela de manequim. Os pormenores do caso são escabrosos, sobretudo pelo facto de ela estar grávida, o que denuncia um comportamento desumano por parte do assassino ou assassinos. A defesa tentou demonstrar que Scott tinha sido atraído, «framed», para parecer culpado, e que Laci tinha sido morta por terceiros que não o marido. Tanto mais que Scott nem teria tentado disfarçar o seu alegado acto criminoso, indo para longe ou escondendo o corpo. Seria tudo demasiado óbvio, neste caso.
Mas, durante todo o julgamento, e antes dele, Scott manteve uma impassibilidade que fez o júri condená-lo, conforme o provam as declarações dos jurados cá fora depois da sentença. «Falta de remorso», disseram. A família de Laci demostrou a sua alegria pela sentença de morte. A mãe de Scott terá ficado impassível, como o filho.
Na Califórnia, a pena de morte foi reinstaurada em 1978 e mais de 600 prisioneiros aguardam o seu dia de juízo final no corredor da morte. Geragos apelou ao júri, «não o matem, acabem com este ciclo» mas, na democrática América, o Estado condena um homem à extinção, olho por olho dente por dente.
É difícil reconciliar humanismo e democracia com este comportamento bárbaro por parte do Estado, que já executou vários inocentes e cometeu vários erros judiciários, deixado escapar outros, como o célebre O J Simpson. Que a família de Laci queira ver Scott morto percebe-se mas, que um júri de pessoas comuns queira vê-lo morto por injecção letal, não se percebe. Direitos humanos? A extinção da pena da morte é um dos grandes triunfos do moderno direito penal, uma conquista da humanidade sobre o seu lado negro. Na Europa, todos percebemos isso há mais de um século, e na Turquia, o líder curdo Oçalan acabou por ver a sua pena comutada em prisão perpétua porque os turcos querem entrar na União Europeia e sabem que essa é uma condição sine qua non. E nos Estados Unidos, exportadores de democracia, o Estado continua a ser um assassino, em nome de Deus. God bless America e as suas vergonhas."
domingo, 12 de dezembro de 2004
Qual é a "Organização"??
Esta «Organização» tem pouco mais de 500 empregados... e existem estas estatísticas:
- 3 foram presos por violência;
- 7 foram presos por fraude;
- 8 foram presos por furto;
- 14 foram presos com acusações relacionadas com a droga;
- 19 foram acusados de assinar cheques sem fundo;
- 21 estão actualmente acusados em diferentes processos;
- 29 foram acusados de maus tratos às suas esposas;
- 71 estão inibidos de usar cartão de crédito devido à sua má utilização;
- 117 arruinaram, pelo menos dois negócios;
- Em 1998, 84 foram detidos por conduzir alcoolizados.
Alguém consegue adivinhar de que «Organização» se trata?
São os 535 membros do Congresso dos Estados Unidos. E o mais curioso de tudo, é que isto é rigorosamente verdade!